FÊ-LIZ COM A VIDA: PARTE 2, O LUGAR

Hoje vou contar um pouco mais sobre o Projeto Fê-liz com a vida. Vou começar fazendo uma pergunta. Vocês já passaram por alguma entrevista de emprego em que o entrevistador olha para você e solta: “Como você imagina sua vida daqui a 5 anos?” Aposto que muitos de vocês, sim.

Para quem me perguntasse isso aos 25 anos eu sabia exatamente a resposta: “Quero ter um cargo de diretora. Ter um salário que me permita fazer tudo o que eu tiver vontade. Ter comprado ou estar em vias de comprar um apartamento. Um carro novo… chega de abrir os vidros com manivela e suar para fazer baliza. Ter viajado para as principais cidades do mundo. Ah! E quero continuar magra.

Quando você não tem nada, é muito fácil traçar suas metas e objetivos porque elas carregam uma grande dose de sonhos.

Quando eu fiz 30 anos eu me senti a pessoa mais adulta e realizada do mundo. Estava no auge da minha carreira. Sim, tinha acabado de ser promovida a diretora, que era a minha maior meta quando atingisse essa idade. Ao longo desses 5 anos, descobri que o que eu queria mesmo era um carro confortável, mas não caro, pois essa era a última coisa com a qual eu queria gastar meu dinheiro. E sim, já tinha viajado para muitos dos lugares que eu sempre quis conhecer e para comemorar tudo isso, eu me dei de presente aquela viagem para Madrid que contei no outro post!

Viajar sozinha, além de te fazer aprender a tirar ótimos autorretratos, te faz pensar muito na vida já que, mesmo fazendo amizades no caminho, você passa a maior parte do tempo só com os seus pensamentos.

Foi em um desses momentos que eu me peguei agradecendo ao Universo por tudo de bom que tinha me acontecido nos últimos anos. E, essa mesma pergunta me veio à mente: Como estará a minha vida daqui a 5 anos?

Dessa vez, a resposta não foi tão obvia. Para falar a verdade, não existia uma resposta pois, naquele momento, eu descobri que eu não fazia a mais vaga ideia do que eu queria para mim dali em diante. A única coisa que eu tinha certeza é que viajar me fazia muito feliz, mas além de não ter tempo, não é assim tão fácil ser turista profissional.

Alguns meses depois, conheci um cara (atualmente, meu marido) que estava viajando o mundo todo por mais de 3 anos enquanto trabalhava online e foi aí que meu mundo caiu e este virou o meu objetivo de vida.

Eu sempre fui obcecada por metas e economizar dinheiro virou a minha prioridade. Não parava de pensar no que ia fazer ou qual seria a alternativa possível para ter mais tempo e continuar tendo dinheiro. Como fazer isso sem ter que abrir mão de tudo aquilo que eu levei tantos anos para construir? Sim, eu queria ter mais tempo, mas abrir mão do emprego não parecia ser uma opção. Ao mesmo tempo, quem trabalha com propaganda sabe que arrumar mais tempo trabalhando com isso, também não é uma opção.

Cheguei a conclusão de que eu nunca iria achar uma solução se eu continuasse procurando dentro do ambiente controlado que era a minha vida em São Paulo. Eu precisava estar aberta a fazer algo diferente.

“Fazer todos os dias a mesma coisa e esperar resultados diferentes é a maior prova de insanidade.”
– Rita Mae Brown

Meses se passaram e foi depois de uma conversa com o meu namorado, que já morou nos lugares mais inusitados, que o “óbvio” me ocorreu: se eu amo tanto viajar e quero sair do lugar comum eu deveria fazer isso fora do Brasil!

Porém, não poderiam ser lugares tão “controlados” quanto São Paulo, como qualquer cidade grande nos Estados Unidos ou Europa. Tinha que ser algo que realmente transformasse a minha vida e que fizesse o meu dinheiro render enquanto eu tentaria encontrar uma alternativa. Então, eu decidi que iria para a Ásia!

O primeiro escolhido foi a TAILÂNDIA!

Quando eu digo para as pessoas que eu estou indo para a Tailândia a primeira reação é: NOOOOSSA, que animal! No segundo seguinte é: Mas por que a Tailândia?

Primeiro: acho que a foto acima explica um pouco, né?

Segundo: é um dos países com um dos menores custos de vida do mundo. Chiang Mai tem um custo de vida quase 65% mais baixo que São Paulo, por exemplo.

E, para não me alongar, terceiro: Thai significa “livre” em tailandês e o nome reflete exatamente o comportamento dos tailandeses. Por serem extremamente espiritualizados (90% budistas) não julgam e são famosos por sua felicidade, uma vez que a Tailândia é conhecida por ser a terra dos sorrisos.

Para um projeto chamado Fê-liz com a vida, acho que não poderia ter escolhido melhor! Além disso, será um ótimo lugar para observar e aprender como as pessoas podem ser mais felizes com menos e também para evoluir espiritualmente, já que o budismo tem muito a ensinar.

No próximo post, contarei um pouco mais sobre a dificuldade de tomar a decisão e de desapegar.

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